quarta-feira, 21 de março de 2012

The Truth of Lie (2011)

Quem julga que os capítulos das sagas Saw e Hostel são o expoente máximo do cinema sobre tortura (e não são tão poucos quanto isso) anda bem enganado. Na Europa produzem-se algumas peças cinematográficas bem mais agressivas do que as citadas acima, provando que nem sempre é preciso gastar litros e litros de sangue artificial ou milhares de dólares em efeitos especiais para proporcionar à audiência momentos de verdadeiro desconforto.

The Truth of Lie é um desses filmes. O que não é de admirar se considerarmos que foi criado por Roland Reber, o cineasta alemão responsável por filmes como 24/7: The Passion of Life ou Angels With Dirty Wings. Em The Truth of Lie um escritor contrata duas mulheres para prender e torturar durante cinco dias. O seu objectivo é simples: levá-las ao limite, e documentar o processo para o seu novo livro. Mas os cinco dias passam sem que as raparigas cedam, e o que ao início era uma situação retorcida, mas legal, depressa assume contornos ainda mais bizarros, com o escritor a aprisionar as raparigas por tempo indeterminado até conseguir alcançar o seu objectivo.

Roland Reber aposta, mais uma vez, em chocar as audiências com um filme controverso. The Truth of Lie parece pior do realmente é, causando mais desconforto do que medo. A película tem os seus momentos, uns quantos minutos de diálogo tolerável, um par de cenas interessantes, mas fica-se por aí. A obra de Reber não é fácil de classificar, mas talvez seja justo encontrá-la a meio da escala pontual. Mais importante, Reber volta a provar que qualquer publicidade é boa publicidade.


Título Original: Die Wahrheit der Lüge (Alemanha, 2011)
Realizador: Roland Reber
Argumento: Roland Reber
Intérpretes: Christoph Baumann, Marina Anna Eich,
Julia Jaschke, Antje Mönning
Música: Mira Gittner
Fotografia: Mira Gittner
Género: Drama
Duração: 98 minutos 



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