quarta-feira, 23 de março de 2011

Duas Mulheres (2009): "The L Word is back, baby!"

Pensando bem, já há imensos filmes nacionais que se tornaram ícones da cultura cinematográfica portuguesa, como, por exemplo, O Crime Do Padre Amaro, Call Girl, O Contrato, entre outros, que não foram reconhecidos pela sua realização de qualidade nem pela actuação dos actores intervenientes, mas sim pelo seu ousado conteúdo (nudez). A nova adição a esta colecção é Duas Mulheres, realizado por João Grilo, que se pode dizer mais ou menos semelhante a Call Girl (aliás até conta com uma participação do senhor Nicolau Breyner), mas versão lésbica.

Não se trata dum filme muito difícil de seguir, já que o seu argumento não é muito complexo - embora a atenção do espectador possa ser desviada devido ao surgimento de alguns pares de glândulas mamárias durante longos períodos de tempo, o que poderá dificultar a capacidade de interiorizar certas e determinadas cenas do filme. Mas avançando, trata-se da história duma mulher casada (Beatriz Batarda) (dando ênfase a "casada"), a atravessar uma óbvia crise de meia-idade, que se envolve com uma prostituta de luxo (Débora Monteiro) (pelo menos, é o que ela afirma ser), embora não se saiba bem como, nem o porquê desta relação se iniciar... Paralelamente a este relacionamento extra-conjugal, observa-se também a vida do 'corno' do marido (Virgílio Castelo), que tenta manter a sua posição numa grande empresa e a sua imagem pública, coisa que não corre muito bem já que a sua mulher anda a 'dar umas voltinhas' por fora. Ao descobrir este facto, e na confusão de não saber o que fazer, aparece o mordomo, Joaquim (José Pinto), que se oferece para 'acabar' com o problema. E com o estilo e grandiosidade de um hitman português, Joaquim consegue tirar a prostituta 'da moldura', preservando assim a imagem importante do seu chefe e deixando a mulher com sérios traumas psicológicos.

No geral, e apesar de contar com um elenco bem conhecido do público português, Duas Mulheres está longe de poder ser considerado um bom filme com 'B' maiúsculo, embora não seja algo completamente descartável, sendo, até, de fácil visualização, especialmente numa televisão HD, não vá algum pormenor das estruturas corporais das duas personagens principais escapar a quem o está a ver. A sua visualização pode tornar-se engraçada quando feita com um grupo de amigos - caso contrário, corre o sério risco de adormecer a meio.


IMDb: 5.3/10



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